segunda-feira, 30 de maio de 2011

Aconteceu na AP 5.1

GESTORA DO CMS PADRE MIGUEL PROFERE PALESTRA SOBRE "PROTOCOLO DE ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE, NA SEMANA DE ENFERMAGEM DA CAP 5.1"

Dia 25 de maio,  Dra.  Neise Villar, a convite da CAP 5.1, apresentou seu Projeto "EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL  A MATERIAL BIOLÓGICO" envolvendo profissionais de saúde no evento.

Alertou assim, para os riscos de acidentes com material perfuro-cortantes potencialmente contaminados, prevenção de doenças através de imunização dos profissionais, treinamento em serviço,  medidas a serem tomadas pós-exposição, cuidados no local ferido, uso de medicações retro-virais, vacinação contra hepatite B, orientações sobre o uso da imunoglobulina da hepatite B, atenção psicológica ao caso fonte e ao funcionário acidentado, notificações CAT, NAT e SINAN.

Forneceu também sua apresentação para os interessados no assunto em pauta, fundamental para manutenção do bem estar dos profissionais de saúde.


domingo, 29 de maio de 2011


Uma equipe de pesquisadores norte-americanos conseguiu fazer um paraplégico ficar de pé e caminhar novamente. O tratamento pioneiro se baseia no que os cientistas chamam de “estímulo epidural”, além de muito treinamento físico.

O paciente é capaz de manter-se de pé durante vários minutos, dando ele mesmo o impulso muscular necessário para se levantar. Com a ajuda de outras pessoas também pode dar vários passos e movimentar de maneira voluntária os quadris, os joelhos, os tornozelos e os dedos dos pés. Além disso, recuperou parcialmente o funcionamento de seus órgãos sexuais e de sua bexiga.


Os pesquisadores basearam seu projeto na estimulação elétrica epidural contínua e direta da parte inferior da medula espinhal do paciente, simulando os sinais que o cérebro transmite em condições normais para iniciar um movimento.


Quando o sinal é transmitido, a própria rede neurológica da medula, em combinação com a informação sensorial que as pernas enviam à medula, é capaz de dirigir os movimentos do músculo e das articulações necessários para erguer-se, caminhar, sempre com a ajuda de outras pessoas.


O outro aspecto chave do trabalho foi “reeducar” as redes neurológicas da medula de Summers para produzir o movimento muscular necessário para levantar-se e dar alguns passos.


O processo do treinamento durou mais de dois anos de trabalho, após o paciente ter passado por uma cirurgia que implantou nas costas um dispositivo de estimulação elétrica, que é o responsável da voluntariedade dos movimentos.


O estudo foi uma parceria entre três instituições norte-americanas: a Universidade de Lousiville, no estado de Kentucky, a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), e o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Os resultados foram publicados na última edição da revista médica “The Lancet”.


Explicações

A professora Susan Harkema e o professor Reggie Edgerton, que dirigiram a pesquisa, expressaram em “The Lancet” seu desejo que seu trabalho permita aos pacientes que sofreram lesões medulares levar uma unidade portátil de estímulo elétrico.


O objetivo é facilitar a possibilidade dos paciente de se levantarem, se manterem em pé e darem alguns passos de maneira independente, embora sempre com a necessidade de se apoiarem em um andador.


No entanto, Harkema e Edgerton se mostraram cautelosos e ressaltaram que ainda há muito trabalho pela frente antes que esta técnica possa se transformar em uma prática habitual.


“É um grande passo adiante. Abre uma grande oportunidade para melhorar a vida diária destes indivíduos, mas temos um longo caminho a percorrer”, manifestou a professora Harkema.


Edgerton insistiu que “a medula espinhal está pronta, já que as redes neurológicas são capazes de iniciar os movimentos que implicam suportar peso e dar passos relativamente coordenados sem nenhum tipo de informação procedente do cérebro”.


“Isto é possível em parte graças à informação que devolvem as pernas diretamente à medula espinhal”, explicou.


“Esta retroalimentação dos pés e pernas para medula melhora o potencial do indivíduo para manter o equilíbrio e dar uma série de passos, e decidir sobre a direção que vai caminhar e sobre o nível de peso que suporta”, indicou Edgerton.


“A medula pode interpretar estes dados de maneira independente e enviar instruções de movimento outra vez às pernas, tudo isso sem participação cortical”, acrescentou o investigador.


O paciente

Os autores sublinharam também que o caso de Rob Summers é especial, porque embora esteja paralisado desde o tronco do corpo humano até os pés apresenta uma certa sensibilidade na zona imobilizada.


Summers, de 25 anos, ficou paraplégico depois que sofreu um acidente de trânsito em 2006. “Este procedimento mudou totalmente minha vida. Para alguém que há quatro anos era incapaz de movimentar um só dedo do pé, ter a liberdade e a capacidade de levantar-se sozinho é uma sensação incrível”, manifestou o rapaz.


“Poder levantar um pé e poder voltar a colocá-lo no solo outra vez foi incrível, mas além de isso, minha sensação de bem-estar mudou. Meu tom psíquico e muscular melhorou muito, até o ponto que muita gente não acredita que esteja paralisado. Acho que a estimulação epidural me permitirá deixar a cadeira de rodas”, disse.