OMISSÃO DE SOCORRO
Segundo o Código Penal Brasileiro, qualquer indivíduo, mesmo o leigo na área da saúde (pertencente a qualquer outra área de trabalho, ocupação ou estudo), tem o dever de ajudar um necessitado ou acidentado ou simplesmente chamar ajuda para estes. Do contrário, sofrerá complicações penais. "Artigo 135.
Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena.
Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte."
OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA:
1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro:
· PRIMEIRO EU (o socorrista)
· DEPOIS MINHA EQUIPE (Incluindo os transeuntes)
· E POR ÚLTIMO A VÍTIMA
Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 193 (número do corpo de bombeiros da cidade do Rio de Janeiro).
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa)
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam sangrando muito.
Na primeira abordagem pesquise a via aérea da vítima, sem
movimentar a cabeça e procure:
Elevação da mandíbula com os dedos em gancho
Se a boca abre naturalmente;
Se existe sangue ou outros fluídos;
Se existem dentes partidos;
Se existem próteses dentárias soltas;
Efetue :
Uma ligeira tração a região cervical;
Alinhe a região cervical;
Efetue a elevação da mandíbula;
Aspire se existirem fluídos;
Recomendações:
Elevação da mandíbula
Se ao alinhar a região cervical sentir resistência, não forçar e manter a posição;
Só aplicar o colar cervical quando a vítima se encontrar devidamente alinhada;
Efetuar uma aspiração rápida, atenção ao vômito;
Na primeira abordagem pesquise :
Se a vítima ventila;
Se a ventilação é eficaz;
Se os movimentos torácicos são simétricos;
Se existem lesões abertas do tórax;
Atuação:
Se a vítima não ventila efetue duas insuflações, e verifique a circulação;
Se a vítima estiver com pulso e não ventilar, efetue duas insuflação cada 15 segundos (adulto), e 2 insuflação cada 15 segundos (criança)
CIRCULAÇÃO
Na primeira abordagem pesquise
Se a vítima tem pulso;
Se existem hemorragias ativas;
Se existe alterações da cor, umidade e temperatura da pele;
Atuação:
Se ela não tem pulso, inicie de imediato as manobras de R.C.P.
Se tiver alguma hemorragia, proceda ao seu controlo;
Se a vítima apresentar, palidez, sudorese, hipotermia, pulso rápido efetue a elevação dos membros inferiores, aqueça a vitima;
Administrar oxigênio:
Recomendações:
Se estiver a executar as manobras de R.C.P. verifique a eficácia da compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução;
Controle as hemorragias utilizando umas das técnicas ou em conjunto:
•Compressão direta
•Elevação do membro;
•Compressão indireta;
•Aplicação de frio;
•Garrote/torniquete - a usar somente em amputados ou esmagamentos e quando todas as outras técnicas falharem;
Ao efetuar a elevação dos membros inferiores não ultrapasse os 45º para não interferir com um possível traumatismo vertebro-medular
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